A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento de crianças com autismo, contribuindo para a melhora postural, para o desenvolvimento motor, para a melhora da coordenação e da aptidão física, melhora no tônus, da propriocepção e reconhecimento do próprio corpo, e da interação do mesmo com o meio.
A hipotonia está presente na grande maioria dos autistas, causando prejuízos, sobretudo na aquisição dos marcos motores, no planejamento e execução dos movimentos e na independência. Abaixo alguns exemplos:
- Coordenação motora: A falta de tônus muscular adequado pode prejudicar a coordenação motora, dificultando movimentos mais complexos e habilidades físicas que exigem precisão, como amarrar os sapatos, desenhar ou brincar com brinquedos pequenos.
- Equilíbrio e postura: A hipotonia pode afetar o controle postural, dificultando o equilíbrio e tornando atividades simples, como ficar em pé ou caminhar, mais desafiadoras. Isso pode aumentar o risco de quedas ou lesões.
- Desenvolvimento de habilidades motoras: Crianças com hipotonia frequentemente demoram mais para alcançar marcos importantes do desenvolvimento motor, como engatinhar, andar ou correr. Elas podem precisar de mais tempo e apoio para adquirir essas habilidades.
- Impacto nas interações sociais: Devido à dificuldade em executar certos movimentos, as crianças com hipotonia podem evitar atividades físicas ou sociais que envolvem movimento, o que pode afetar a sua interação com outras crianças. Isso pode contribuir para a tendência ao isolamento, um aspecto comum no espectro do autismo.
Através da fisioterapia, conseguimos ganhar força muscular, flexibilidade e coordenação motora, fatores que são essenciais para a funcionalidade e a inclusão social, contribuindo para o aumento da confiança e autoestima, permitindo que o indivíduo se envolva mais facilmente com outras pessoas em atividades de grupo, esportes ou brincadeiras. Isso pode resultar em uma melhora na socialização e na redução de comportamentos desafiadores.
A fisioterapia no autismo é um dos componentes chave para uma abordagem terapêutica multidisciplinar eficaz. O trabalho em conjunto com outras especialidades oferece uma abordagem mais completa, atendendo às diversas necessidades da pessoa e contribuindo para seu desenvolvimento global.