Ler e escrever são habilidades muito importantes para a vida em sociedade. Elas facilitam a comunicação, socialização, independência, autoestima, compreensão do mundo ao redor, desenvolvimento acadêmico, profissional e muito mais.
O processo de alfabetização no autismo pode ser desafiador, tanto para a criança, quanto para os pais e professores, mas, quando são estimuladas a aprender a ler da maneira correta, sentem-se motivadas e se envolvem no processo de aprendizagem.
A alfabetização de uma criança com TEA algumas vezes se difere em relação às metodologias utilizadas, o tempo que esse processo irá levar e a compreensão das suas características específicas. É importante que seja observada as características individuais da criança, como ela percebe o mundo, suas dificuldades, desenvolvimento linguístico, pensamentos e como que ela lida com suas dificuldades e frustrações.
Uma das formas de aprender, é a partir da tentativa e erro, onde a pessoa erra e começa a variar, até acertar. Crianças e adolescentes autistas, em muitos casos, tem baixa tolerância à frustração e o erro pode produzir uma série de comportamentos incompatíveis com a aprendizagem. Desta forma, para alfabetização e ensino de vários outros comportamentos, realizamos uma série de preparativos para reduzir os erros e tornar a aprendizagem mais prazerosa e gradativa.
Precisamos entender que, todas as pessoas, independente de terem ou não atrasos no desenvolvimento, aprendem de uma forma e percebem o mundo de maneira diferente: algumas são mais visuais, outras se interessam mais por sons ou atividades manuais. A partir do momento que há essa percepção, o processo de alfabetização se torna mais fácil e agradável para todos.
Realizar uma avaliação psicopedagógica para avaliar a cognição e psicomotricidade, são fundamentais para criar estratégias na hora de alfabetizar e adequar o ambiente às necessidades da criança com TEA.
Essas são algumas dicas que podem ajudar você, pai, mãe, cuidador e professor, na hora da alfabetização:
- Trabalhe a consciência fonológica: ensine os sons de cada letra até chegar à pronúncia da palavra. Quando o aluno entende que cada letra tem seu próprio som, essa informação começa a ficar mais organizada e o código alfabético começa a fazer mais sentido para ele.
- Princípio Alfabético: Esse princípio complementa a consciência fonológica, focando na percepção de reconhecer as letras do alfabeto e que cada letra tem um símbolo e um som específico.
- Utilize imagens: Conhecer as características da criança é fundamental no processo de alfabetização. Se a criança autista for mais visual, você pode criar cartazes com imagens que despertem a sua atenção.
Aqui no Instituto TEA contamos com uma equipe interdisciplinar que promove a inclusão escolar, auxiliando pais e professores no processo de alfabetização. Nossas crianças aprendem, de forma humanizada e acolhedora, como o universo das palavras é maravilhoso.
Você não precisa esperar seu filho ir para a escola para começar o processo de alfabetização. Se possível, inclua na rotina algumas atividades que estimulem a leitura, escrita, habilidades motoras finas (desenhar, pintar dentro de espaços estipulados, cobrir pontilhados, entre outros), pois isso o ajudará nesse processo.